sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Socióloga Catherine Hakim: Acho justo que as pessoas bonitas ganhem mais do que as outras


"Se os homens pudessem produzir bebês, essa seria uma das ocupações mais bem pagas do mundo". 

"As leis foram inventadas pelos homens para o interesse deles próprios, e não incluem os interesses femininos. Muitas vezes, a legislação impede que as mulheres recebam integralmente os lucros de seus talentos, com valor comercial adequado. A barriga de aluguel, por exemplo, é um fluxo de receita inexplorado e do qual nós, mulheres, podería­mos nos beneficiar.” Catherine Hakim.

O feminismo, da forma como o conheciamos à la Betty Friedan, já era!

Catherine Hakim
Pesquisadora da London School of Economics há mais de vinte anos e uma das mais respeitadas estudiosas da inserção feminina no mercado de trabalho, a inglesa Catherine Hakim, 64 anos é uma das expoentes do novo feminismo europeu. Autora do polêmico livro - “Capital Erótico: O Poder da Atração no Escritório e na Cama” (Ed. Best Business; 336 páginas; 49,90 reais), a Dra. Catherine afirma que não há igualdade entre os sexos. E ainda por cima, ela aconselha as mulheres a usarem todos os seus atributos para subir na carreira ou na vida. Como? Aproveitando-se dos homens sempre que puderem!!!

As ideias defendidas por ela e por suas colegas – a maioria intelectuais francesas e alemãs – chocam por sua simplicidade e incorreção política. Igualdade entre os sexos? Bobagem. Marido? De preferência, rico. Barriga de aluguel? Um fluxo de receita inexplorado.

O capital erótico
 "O capital erótico é uma commodity sobre a qual estudos econômicos e sociológicos têm se mantidos cegos, apesar de ser palpável, e cada vez maior, a importância dele em todas as esferas da vida social", escreve a autora. "Pessoas que exibem capital erótico acima da média são mais persuasivas, e quase sempre vistas como mais honestas e competentes. É mais fácil para elas fazer amigos, conseguir empregos e casar. Elas ganham, em média, 15% a mais", diz a socióloga. "Entre os componentes do poder erótico está a atratividade social, que é uma mistura de graça, charme e outros dotes sociais, como a habilidade para deixar o outro à vontade, feliz e com vontade de conhecer você, possivelmente, desejando você também. Há ainda a vivacidade, que também trata de um mix de condicionamento físico, energia social e bom humor."

Os mais belos devem ganhar mais
 “Inteligência e beleza são duas habilidades necessárias para o sucesso e muito semelhantes entre si: metade é hereditária, metade é resultado de investimentos de tempo e esforço. Não existe diferença moral entre a aparência e a inteligência. Acho justo que os mais belos ganhem mais. É frequente presumir que quaisquer benefícios concedidos a pessoas atraentes são desmerecidos e injustos. Quando se fala em sucesso, ninguém duvida do mérito dos inteligentes nem questiona a exclusão dos ignorantes. Por que não recompensar também quem se destaca pela aparência, sendo ela natural ou conquistada?”

Christine Lagarde
Diretora-Gerente do FMI

As feias que me perdoem
“Beleza extrema é algo raro, um item de luxo. Nem todo mundo nasce Elizabeth Taylor. Quem não tirou a sorte grande deve aprimorar o seu poder de atração. Na França, é comum o conceito de Belle Laide, a mulher feia que se torna atraen­te graças à forma como se apresenta à sociedade e ao seu estilo.
Christine Lagarde, a diretora do Fundo Monetário Internacional, o FMI, é um exemplo de mulher que não ostenta a beleza clássica, mas é extremamente atraente. Tem personalidade, carisma, charme e boas maneiras. Se você não é bonito, por favor, vá à luta. Cultive um belo corpo, aprenda a dançar, desenvolva habilidades. E distribua sorrisos.

O marido ideal
 “Tornar-se uma dona de casa à toa, em tempo integral, é uma utopia moderna para a maioria das mulheres. Em estudos realizados em todo o mundo, quando questionadas sobre as características mais valorizadas em um parceiro, as mulheres afirmam preferir homens com recursos, condição que viabiliza a permanência delas no lar.”

Ter ou não filhos
“Dizer que a mulher é pouco feminina ou não verdadeiramente realizada se ela não tem filhos é difundir um mito patriarcal. Os homens sem filhos raramente são criticados desse modo. Não há nada de errado com a mulher que não quer ser mãe. É cada vez maior o número de europeias que abdicam da maternidade, principalmente na Alemanha e na Inglaterra.”

Déficit sexual masculino
 “Desejo sexual é uma questão de gênero. As mulheres têm um nível mais baixo de desejo sexual, de forma que os homens passam a maior parte da vida sexualmente frustrados em vários graus. Existe um sistemático – e, ao que parece, universal – déficit sexual masculino.

Os homens geralmente querem muito mais sexo do que conseguem, em todas as idades. Assim, a capacidade de atração sexual feminina perante os hormônios deles pode ser uma ferramenta valiosa de que as mulheres se beneficiem.

Os homens sempre exploraram as mulheres, razão pela qual o feminismo foi necessário. Nós, mulheres, deveríamos explorar qualquer vantagem que temos sobre os homens, sempre que possível.”

Pelo fim da hipocrisia
 “Sou uma feminista convicta. Sempre busquei o melhor para as mulheres. Dediquei mais de duas décadas de minha carreira a responder a uma questão: por que as mulheres raramente são as heroínas? Há quem não me entenda, mas o que ofereço é uma nova perspectiva feminista, sem hipocrisia.

Muitos dos escritos feministas modernos conspiram a favor das perspectivas chauvinistas masculinas ao perpetuar o desprezo pela beleza e pelo sex appeal das mulheres. O feminismo radical deprecia o encanto feminino. Por que não estimular a feminilidade em vez de aboli-la?”

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